Geração Z Está Mais Ansiosa? O Cérebro Jovem Sob Efeito das Redes

Geração Z Está Mais Ansiosa? O Cérebro Jovem Sob Efeito das Redes

A Geração Z, formada por jovens nascidos entre meados de 1995 e 2010, cresceu em um mundo hiperconectado. Desde cedo, essa geração teve acesso à internet, redes sociais, smartphones e estímulos digitais constantes. Mas, junto com essa revolução tecnológica, surgiu uma pergunta importante: será que a Geração Z está mais ansiosa?

Estudos, profissionais de saúde mental e relatos de jovens apontam que sim. E os fatores estão diretamente ligados ao ambiente digital em que vivem. Neste artigo, vamos explorar como as redes sociais impactam o cérebro jovem, os sinais dessa ansiedade crescente e o que podemos fazer para lidar com isso.


O que torna a Geração Z diferente?

A Geração Z foi a primeira a nascer em um mundo totalmente digital. Desde a infância, aprendeu a se comunicar por mensagens, consumir conteúdo em tempo real e a construir identidades nas redes.

Esse novo cenário trouxe múltiplos estímulos, exposição constante à comparação social e uma velocidade de informação sem precedentes. Tudo isso, embora tenha vantagens, também impacta negativamente o bem-estar mental.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os transtornos de ansiedade são cada vez mais comuns entre adolescentes e jovens adultos, e o uso excessivo das redes sociais é apontado como um dos fatores agravantes.


Como as redes sociais afetam o cérebro jovem?

1. Estímulo à comparação constante

Redes como Instagram e TikTok funcionam como vitrines de vidas “perfeitas”. Isso alimenta a sensação de que o outro está vivendo melhor, produzindo mais, sendo mais bonito ou mais bem-sucedido.

A comparação constante pode levar a sentimentos de inadequação, baixa autoestima e ansiedade.

2. Dopamina e vício digital

A cada curtida, comentário ou nova notificação, o cérebro libera dopamina, neurotransmissor ligado à sensação de prazer. Isso cria um ciclo viciante, onde o jovem busca recompensas imediatas, dificultando a concentração e aumentando a sensação de vazio quando está offline.

3. Sobrecarga de informações

O excesso de conteúdo — muitas vezes negativo ou alarmante — pode gerar uma sensação de urgência e impotência. O jovem se sente sobrecarregado, com dificuldade de processar tantas informações ao mesmo tempo.


Sinais de ansiedade na Geração Z

A ansiedade não se apresenta da mesma forma em todas as pessoas, mas alguns sinais têm se tornado mais frequentes entre os jovens da Geração Z:

  • Preocupação constante com a aparência ou aprovação dos outros

  • Medo de ficar de fora (FOMO – fear of missing out)

  • Dificuldade de concentração e sono

  • Irritabilidade ou sensação de estar sempre “ligado”

  • Isolamento social, mesmo em ambientes virtuais

  • Ataques de pânico ou crises de ansiedade

Esses sintomas, quando ignorados, podem evoluir para quadros mais sérios de transtornos de ansiedade, depressão e até pensamentos suicidas.


O papel dos pais, escolas e sociedade

Lidar com essa realidade exige um esforço coletivo. A ansiedade da Geração Z não é apenas um problema individual, mas um reflexo de um sistema que cobra demais, conecta demais e acolhe de menos.

Educação emocional

Inserir temas como saúde mental, autoestima e autocuidado nas escolas é essencial. Jovens precisam aprender a identificar e nomear suas emoções.

Limites saudáveis com tecnologia

Não se trata de proibir, mas de educar para o uso consciente. Estimular momentos offline, contato com a natureza e relações reais ajuda a equilibrar os estímulos digitais.

Comunicação aberta

Jovens precisam de espaços seguros para se expressar sem julgamentos. Pais, professores e cuidadores devem praticar a escuta ativa e se informar sobre saúde mental.


O que a Geração Z pode fazer por si mesma?

Apesar dos desafios, a Geração Z é também conhecida por sua consciência social e emocional. Muitos jovens estão buscando apoio psicológico, falando abertamente sobre saúde mental nas redes e criando comunidades de apoio mútuo.

Algumas atitudes práticas incluem:

  • Praticar o autocuidado e o tempo longe das telas

  • Meditar ou fazer pausas para respirar durante o dia

  • Evitar comparações e lembrar que o que vemos online é só uma parte da realidade

  • Buscar apoio profissional sempre que sentir necessidade

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Tania Isabelle Moser Hanaoka

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